A buzina do meu carro não faz "biiii". Faz "pein". Essa informação é fundamental para que o texto faça sentido. Agora que todos já estão informados, vou contar-lhes um caso:
Semana passada, estava eu trafegando pela via Anhanguera entre Jundiaí e Louveira, próximo do Km 67 quando vi uma Chevrolet Veraneio, daquelas antigas. Imediatamente a atenção de um sujeito de 39 anos é remetida a admirar o maravilhoso carro e quando vou chegando mais perto observo um pequeno adesivo de nossa ordem colado na traseira do carro. Dentro, um casal de idosos... um senhor de uns 70 anos e uma Senhora que deveria regular sua idade. Cansado de "pagar micos" buzinando igual a um louco e nem ser notado pelos irmãos em diversas situações, simplesmente passei ao lado do carro do irmão e segui.
Três Km a frente tem o posto Frango Assado e eu parei para comer um lanche. Pelo retrovisor notei que a veraneio, coincidentemente, veio atrás. Estacionei e "enrolei" uns segundinhos para sair do carro, de modo que fosse mais fácil passar ao lado do Irmão. Mas nem bem deu tempo de fazê-lo e o Senhor de 70 anos veio em minha direção me cumprimentando maçonicamente: "... tudo bem meu irmão?" Respondi e o abracei. Para a minha surpresa tomei uma baita bronca, ele segurou em meu braço e me disse: "Eu sou de um tempo em que o maçom parava o carro para cumprimentar outro maçom e isso está se perdendo... cabe aos mais jovens como você preservar esse costume!!! Senão, o que vocês vão ensinar aos Aprendizes???".
Posterior a isso fiz amizade com o Irmão Inácio a e Cunhada Anete, tomamos um café juntos e prometi visitar a sua chácara quando estiver passando por Mogi Guaçu. Seguimos viagem e a minha pressa me fez andar mais rápido até Campinas, que era o meu destino final. Na avenida de entrada da cidade, no primeiro semáforo, quase em frente ao quartel da PM, me deparei com um Golf preto com o adesivo do esquadro e compasso e, imaginei, "depois da bronca que ganhei, não cometer o mesmo erro..." e ao passar por ele, "pein, pein, pein"...
O cidadão do Golf se limitou e levantar a mão (só a mão, ele não mexeu o braço), acenou quase que imperceptivelmente e seguiu viagem. No semáforo seguinte, perto do viaduto Cury, parei ao lado do "bodequino" e este nem me olhou. Lembrei-me do Irmão Inácio e me perguntei: "o que será que estão ensinando a esses aprendizes???"
Belo relato Ir Aguinaldo, a bem da verdade o ser humano, seja ele profano ou Maçom esta tão focado com tantas coisas como Adm do tempo, trabalho, cumprir cronograma e etc...que muitas vezes OLHA MAIS NÃO VÊ. Ainda bem que existe a Maçonaria para nos lembrar (Mesmo que muitos não cumpram com isso, como foi o caso do outro Ir que vc encontrou) que é muito bom conviver com fraternidade, buscando sempre a igualdade e assim poder dizer que somos LIVRES!
ResponderExcluirUm afetuoso TFA ao Irmão e a todos de sua oficina.
Eufanis Rodrigues (M.´.M.´.)