quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Não é do meu tempo!!!

Bem vindos a 2015, já com movimento aqui no blog. As datas significativas, como a de hoje, nos fazem refletir muito sobre tempo e, por consequência, sobre idade. Por este motivo, creio ser importante buscarmos entender as outras idades. É fato que é muito mais fácil o cara maduro entender o jovem do que o inverso acontecer, simplesmente porque o maduro já foi jovem, enquanto o jovem ainda não amadureceu (e nem sabe se isso acontecerá, afinal ele pode não viver pra isso). Ainda que a idade nos torne conservadores, a lembrança da nossa fase revolucionária nos permite tolerar boa parte das afrontas a nossa mente tradicional. Por outro lado, quando se fala sobre isso com a garotada, é quase certo que se ouvirá (seguida de leves gargalhadas) aquela velha e esnobe frase: "não é do meu tempo!!!".

Tecnicamente, se considerarmos a "Estrada da Vida", de Milionário e José Rico, onde "vou andando e não posso parar", o quilômetro andado vale mais que a inexperiência do novato, mas ouvimos muito o contrário por aí e por isso temos a sensação de que envelhecer é um castigo. O fenômeno acontece porque a maioria dos jovens (principalmente na adolescência), acha que o adulto é um ser que não deu certo. Afinal, se ele (o adulto) soubesse de alguma coisa, o mundo não seria essa porcaria que se lê nos jornais... Afinal, quando eu (jovem) "crescer", farei tudo diferente. Pena que ao amadurecer o cidadão perceba que o "politicamente correto" nem sempre é tão fácil de se fazer, assim como nem sempre é eficaz.

Renato Russo já dizia isso nos anos 80 ou 90 ao cantar que "você reclama que seus pais não te entendem, mas você também não entende os seus pais" e ainda botava o dedo na ferida da molecada afirmando que "culpa-se os pais por tudo, mas que eles são crianças como você" e finalizava a música perguntando "o que o jovem vai ser quando você crescer?". Antes dele Elis Regina já protestava confirmando que os ídolos de sua geração eram os mesmos de seus pais... 

Voltando a falar em "politicamente correto", estamos na fase em que todo mundo tem o direito de carregar uma bandeira, desde que ela esteja na moda... A sua bandeira pode contrariar alguns, desde que não seja as chamadas minorias, porque se for, ferrou tudo... aí a liberdade do outro sufoca a sua e a opinião publica (manipulada pelas novelas da Rede Globo) te transforma em satanás. Se tu não tens a mesma opinião que eu, então a sua opinião não presta e jajá eu vou inventar um título pra você: reaça, soldadinho, petralha, enrustido, burguês... Imaginem se hoje o cantor Nahim (ou Baby Face), que era o modinha do início dos anos 80, faria sucesso? A banalidade e futilidade de suas músicas não eram diferentes das atuais, mas bem antes do seu Taka Taka (uma espécie de Lepo Lepo daquela geração), ninguém reclamou do "cale essa boca"... Minha mãe adorava o Nahim, mas hoje diria: "ai, que feio ele mandar a mãe calar a boca". Nos anos 80 não repercutia tanto...

Era o sentimento revolucionário característico de qualquer jovem, que não quer ninguém controlando seus hábitos e horários e exigindo ser entendido, ainda que não se explique. Kiko Zambianchi, dizia que "se você não me entende, não vê e se não me vê não me entende". Ou seja, a velha máxima do incompreendido, de que a responsabilidade de entende-lo é sempre do outro... O Lulu Santos teve uma sacada pra isso e se expressou maravilhosamente na musica "tudo bem", onde ele diz que deixou muitos rastros de incompreensão... que nem sempre a vida é so easy, mas... como ele próprio finalizava a música: "tudo bem"...

E como os ídolos musicais tendem a ser respeitados por suas opiniões durante algumas gerações, escrevi este texto para mostrar há muita gente inteligente na juventude e que o dom artístico pode arrastar ideias, mudando até mesmo a cultura de um país... Principalmente se a molecada de hoje, em vez de caçoar dizendo que isso ou aquilo "não é de seu tempo", fizesse como Raul Seixas, se declarasse nascido há 10.000 anos atrás e assim pudesse ao menos pesquisar um pouco a respeito do que pessoas muito interessantes já pensaram e fizeram. De tal forma, o garoto teria a energia jovial somada a sabedoria do veterano... Algo como ter a força de um maço (marreta) aliada a maestria de um cinzel (talhadeira).  Let it be, né Lennon?

domingo, 21 de dezembro de 2014

Terapia para quem é Livre e de Bons Costumes


Franklin dizia que “um irmão pode não ser um amigo, mas um amigo será sempre um irmão”. Talvez ele tenha dito isso refletindo a respeito da amizade, da parceria ente duas pessoas que se consideram irmãos. Já, Luther King disse que “Temos que aprender a viver todos como irmãos ou morreremos todos como loucos”... E viver como irmãos não significa aprovar ou ser cúmplice do que o outro faz, principalmente quando o que o outro faz não te agrada. Ser irmão é procurar entender os motivos que levam alguém a agir de uma forma menos correta.


Ultimamente temos ouvido alguns desestímulos à caridade, principalmente em tempos de violência. Mas quem sabe, não é o pouco de caridade que existe no mundo que ainda mantem as esperanças? Uma frase deixada por Chico Xavier afirma que “a caridade é um exercício espiritual e quem pratica o bem, coloca em movimento as forças da alma”. Se ele estiver certo, essas pessoas das fotos abaixo estão exercitando bastante e terão almas abençoadas.

Alguns irmãos e amigos da Barão tem este hábito e o fato de divulgar aqui não é motivado pela propaganda própria, mas apenas para estimular o ato e motivar pessoas que nos leem a fazerem o mesmo. 

O local onde se faz a ação pouco importa. Pode ser num hospital, creche, asilo, escola. Pode ser num bairro carente ou onde o resultado pode ter alguma chance de mudar a vida de alguém.

A ARLS Barão de Jundiahy 733 considera Justa e Perfeita a ação caridosa e parabeniza publicamente aqueles que permanecem solidários a uma causa que, em suas vidas, já é superada. Afinal, aquilo que é uma virtude para o homem normal é considerado apenas obrigação para o verdadeiro Maçom, que vê o esforço da caridade uma enorme terapia. E que assim seja, sempre uma terapia!