Vivemos em uma sociedade cheia de símbolos, muitas vezes não notamos ou não lembramos o significado ou a simpática história que acompanha aquele símbolo, que pode ser: Um gesto, uma bandeira, uma cor, o fogo, a cruz etc.
Ouvimos muita gente dizendo, nas últimas semanas, que colocar uma bandeira no alto da favela conquistada pelas forças legais no Rio de Janeiro, era pura demagogia. Será? Ou seria uma demonstração de conquista territorial como ocorria na Idade Média nas grandes conquistas? Não haveria ali uma mensagem da sociedade contra o descalabro da segurança de nossas cidades?
Vamos responder algumas destas questões: Qual a origem do aperto de mãos? A história mais aceita é que nos tempos dos cavaleiros medievais os homens estendiam a mão direita um para o outro para mostrar que estavam desarmados, daí para o aperto de mão foi fácil. Já sobre a origem da continência militar, dentre outras histórias, uma das mais verossímeis é que durante a Idade Média, quando um cavaleiro passava por outro igual, levantavam o visor do seu elmo em sinal de respeito e amizade. Quando assim procediam, podiam olhar diretamente para os olhos do seu próximo e reafirmar o respeito e os valores reciprocamente comuns.
Temos ainda o esquadro e o compasso da Maçonaria que significam, dentre outras coisas a “justa medida”, a retidão do caráter. Não é um símbolo interessante em uma sociedade com tanta falta de limites? Já as 27 estrelas retratadas na Bandeira do Brasil representam, além dos estados brasileiros, a posição perfeita da constelação do Cruzeiro do Sul no céu do Rio de Janeiro no exato momento da Proclamação da República em 15 de novembro de 1889. Será que a Bandeira fincada no topo do complexo do Alemão não poderia significar a desarticulação efetiva do crime organizado no Rio de Janeiro? Não poderia ainda significar o clamor da sociedade brasileira por mais segurança, saúde e educação? Ah! Educação, agora sem símbolos e metáforas, não estaria aí o cerne dos principais problemas do Brasil?
DAVI RODRIGUES POIT
É Vice-diretor da ESEF, professor convidado da FGV-FAAP-UGF,
doutor em Educação PUC-SP,
autor do livro Organização de Eventos Esportivos-2006 e
Cerimonial e Protocolo Esportivo-2010 www.eventosesportivos.com.br
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