segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Um Loja equilibrada

No meio maçônico, ainda que isso possa representar uma contradição, vez por outra se ouve reclamações a respeito da diferença entre os irmãos. Sejam diferenças de ponto de vista, de condiçao social, profissão, idade, distância da residência, etc. As vezes um irmão é mais pacato enquanto o outro é mais pró-ativo, um irmão é mais sorridente e bagunceiro enquanto outro é sério e conservador. Será que isso pode interferir na harmonia de uma Loja? Pode sim, mas não deveria!

Nossa Ordem tem, por princípio, a característica de aceitar homens livres e de bons costumes, que tenham condição de sustentar a si e a sua família, que creiam em um Ser Superior e que possam honrar com seus compromissos com a Loja. Daí pra frente, a diversidade de características serve para equilibrar a fraternidade, tendo pessoas ricas convivendo com outras nem tanto, pessoas de vasta formação acadêmica convivendo com trabalhadores de sabedoria urbana, pessoas com sensibilidade espiritual com outros totalmente racionais, jovens em perfeita sintonia com idosos e assim por diante. Quanto mais diversa uma Loja, mais ela conseguirá observar a realidade do mundo a ponto de poder medir o grande edifício que tem como meta construir.

O que não deve haver em uma Loja é uma dissonância. Ou seja, uma pessoa que destoe de todo o restante, que deseja fazer uma Loja para sí próprio e sem o verdadeiro comprometimento com todos os irmãos. Não pode haver um irmão que, em nome de uma opinião pessoal, venha a transformar o ambiente em algo penitencioso e pesado ou libertino e descompromissado. Se um irmão gosta de música e outro de contabilidade, é certo que a Loja tem as duas carências para menter-se de pé, portanto os dois devem ser úteis. Uma Loja ideal é onde o músico respeita a contabilidade e o contabilista aceita a música, onde os diferentes se reúnem respeitando as diferenças, como no piso mosaico e, no fim das contas, a instituição se supera.

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