Olá, pessoas!
Bom dia.
Boa tarde.
Boa noite.
Como vai?
Tudo bem?
Obrigado.
De nada.
Com licença.
Por favor.
O cotidiano tornou os homens cada vez mais próximos pela
tecnologia, mas ao mesmo tempo os levou para mais distante, tanto de si como
dos outros.
Palavras que exprimem cordialidade caíram em desuso e
fazem-nos ser olhados como ridículos quando as pronunciamos, estejamos nós na fila do banco, no ponto de ônibus, no
trânsito, no caixa do supermercado, na fila do aeroporto, no condomínio onde moramos, enfim, em qualquer lugar independendo da circunstância de convívio.
O trânsito das cidades cada vez mais caótico, com motos se
espremendo em cantos inimagináveis e automóveis disputando palmo a palmo uma
pseudo vantagem de 2 metros
à frente do outro, para, no próximo semáforo estarem lado a lado impedidos de
ultrapassagens indolentes.
A verticalização das cidades, que obrigou o homem a se
aproximar teoricamente do seu semelhante, sobrepõe aposentos, espreme vagas de garagem, fez aflorar o
pesado fardo que é a convivência: diariamente surgem novos conflitos,
simplesmente pela falta de conhecimento e tolerância para com o próximo e
qualquer sinal de amizade é visto como um complô para, talvez, tomar a sindicância (se é que isso é vantagem para alguém). Vizinhos inconsequentes que não se importam em promover barulhos até altas horas, seja por motivo de festas ou de animais confinados e abandonados dentro do próprio 'lar'.
Tais situações não podem ser
concebidas na cabeça de alguém que se preocupa com o outro, com o diferente,
com a cultura de cada um e que não cabem num relacionamento calcado na urbanidade e propício à integração.
O homem se equipou com os mais avançados equipamentos de
conexão: telefone celular (smartfones), internet, TV digital, cabos de fibra ótica, sistemas
integrados, mas não conseguiu equacionar a sua relação em grupo, em sociedade.
Diz-se conectado, plugado, ligado, mas não promove a
habilidade com as palavras cordiais, com um gesto de apoio, com uma atitude
colaborativa e, não obstante a era moderna, ainda vive no ostracismo, na
caverna de si mesmo, na cultura do ‘cada
um por si’ e faz, da gentileza, talvez, algo perdido no passado e muito longe
de ser resgatado.
Bom dia.
Boa tarde.
Boa noite.
Como vai?
Tudo bem aí?
É isso.
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