Gosto das palavras.
De escrevê-las,
Dando sentidos diversos
Na interpretação de quem as ouve.
Porém, não gosto de rimas,
Da forma organizada de pensar mundos,
Por meio de combinações,
Previsíveis.
Rima não é poesia.
É tentativa de ordenar letras,
De expor linguagens enquadradas,
Que nem sempre explicam
Ou desejam ser explicadas.
É combinar o final de cada termo,
Dando a eles
Um padrão supostamente racional,
Previsível,
E fácil de ser desvendado.
De achar a função
Interminável do significado de cada palavra,
Deixando-a amarrada
Ao poder do som.
Rimar é tentar dar rumos certos
A palavras incertas,
Na busca ilógica,
Da lógica, de cada um.
Luiz Trientini – 07.2010
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